21/06/2013 16h48 - Atualizado em 21/06/2013 16h55
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que a Corte determine que o Congresso Nacional aprove uma lei de defesa do usuário de serviços públicos.
A ação foi protocolada nesta quinta-feira (20) e distribuída nesta sexta para o ministro Dias Toffoli, que será relator.
A melhoria de serviços públicos, como saúde e educação, é um dos pleitos dos protestos que tomaram as ruas do país nesta semana.
A entidade afirma que há "omissão" do legislativo, uma vez que uma emenda constitucional de 1998 estabeleceu prazo de 120 dias para a criação de uma lei que regulasse reclamações relativas à prestação de serviços.
"A demora do Congresso Nacional em regulamentar citada questão não se mostra razoável, principalmente se levarmos em consideração que diversas unidades da federação já tiveram a oportunidade de legislar sobre a matéria no âmbito de suas competências", afirma a ação.
Além disso, a OAB quer que, enquanto não haja uma nova lei, seja aplicado em favor dos usuários de serviços público o Código de Defesa do Consumidor, que regula serviços do setor privado.
Para a entidade, o Estado deve tratar o cidadão como consumidor e ser punido no caso de mau atendimento.
A OAB quer que o Supremo estabeleça um prazo para que os parlamentares votem o texto.
Segundo a ação, há projetos de lei em andamento que regulamentam a lei de defesa dos usuários de serviços públicos.
O presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado, afirmou que a ação não foi motivada pelas manifestações em todo o país.
Segundo ele, o texto já havia sido aprovado pelo Conselho Federal da OAB no ano passado.
No entanto, destaca o tema "guarda pertinência com a reclamação da sociedade brasileira por mais e melhores serviços públicos".